Peças arqueológicas são encontradas no Cariri.
A história dos povos indígenas no Estado pode ganhar novo capítulo com acervo descoberto no Cariri.
Achados indígenas, que poderão comprovar formação de aldeamento neste Município foram encontrados na cidade. São peças em cerâmica que foram vistas durante as obras do projeto de iluminação, no Estádio Moraizão. O material ficou guardado por alguns dias com um morador, até que ele decidiu repassar para o Centro Cultural Raimundo de Oliveira Borges. Esta semana, um grupo de técnicos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) estará em Caririaçu para examinar o material e verificar o local onde as peças foram localizadas.
O material cerâmico é grande e também pesado e se assemelha a bacias e panelas. Mas a maior delas poderá ter sido uma urna. Conforme e diretora do Centro Cultural, Catarina Borges Macedo, que está guardando as peças, é algo diferente do que se vê normalmente. Ela acredita que os achados arqueológicos poderão se tornar uma atração da cidade.
"A história de Caririaçu poderá ser elucidada por meio dessas cerâmicas", acredita a professora Catarina. Ela disse que há vários anos foi encontrado outro registro desse tipo de material, nas proximidades da Igreja Matriz de São Pedro, no Centro. Nada foi guardado e não se sabe o destino que foi dado à cerâmica na época da descoberta.
Logo que recebeu as peças de um amigo, Catarina decidiu consultar a arqueóloga Rosiane Limaverde, que há vários anos tem desenvolvido pesquisa na área, com a identificação de diversos sítios arqueológicos. A partir dos já identificados, a pesquisadora acredita que os aldeamentos cerâmicos ocorriam do sopé da Chapada do Araripe até o sertão dos Inhamuns.
Era nas áreas mais altas que os índios procuravam abrigo mais seguro, principalmente para se protegerem das inundações e porque eram locais mais próximos das fontes de água.
De acordo com a arqueóloga, foram formados vários núcleos de aldeias. São áreas de mais de 600 metros de altitude. O material que ficou nas áreas baixas acabou sendo arrastado pelas enxurradas. Os técnicos do Iphan farão uma notificação do material. A arqueóloga irá solicitar a guarda das peças para pesquisa no laboratório de Arqueologia da Fundação Casa Grande. Esse trabalho servirá para comprovar a autenticidade e origem do material. Quase 20 sítios arqueológicos já foram identificados na região.
FONTE: Diário do Nordeste
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