terça-feira, 26 de abril de 2011

ENSINO SUPERIOR


MEC amplia prazo para bolsistas do ProUni.


Pesquisa coloca o Brasil em último lugar entre 36 países ao avaliar percentual de graduados acima de 25 anos.

FOTO: JOSÉ LEOMAR
Para o MEC, a ampliação das bolsas para o dobro do tempo do curso dará mais oportunidades aos universitários
FOTO: JOSÉ LEOMAR

Brasília. O Ministério da Educação (MEC) aumentou o período de duração das bolsas do programa Universidade para Todos (ProUni). Portaria publicada ontem no Diário Oficial aumentou o prazo de validade das bolsas para o dobro do tempo de duração dos cursos. Antes, este limite era de uma vez e meia.

Assim, quem é bolsista numa faculdade que pode ser concluída em quatro anos passa a ter até oito anos para se formar. Antes, este prazo era de seis anos. Segundo nota divulgada pelo site do MEC (www.mec.gov.br), a dilatação do prazo de validade dará mais oportunidades a quem precisa trancar a matrícula durante a faculdade.

O MEC esclarece que estudantes que ganham a bolsa após já terem cursado um ou mais semestres deverão desconsiderar este período na hora de calcular o prazo de validade.

O ProUni foi criado em 2004 e concede bolsas integrais e parciais (50% da mensalidade) a alunos de cursos de graduação, em instituições privadas de ensino superior. De acordo com o Ministério da Educação, o programa já atendeu 863 mil universitários. A nova regra foi estabelecida pela Portaria Normativa nº 9, de 20 de abril de 2011, publicada na seção 1, página 21, da edição do Diário Oficial de ontem.

Pesquisa

Para concorrer em pé de igualdade com as potências mundiais, o Brasil terá que fazer um grande esforço para aumentar o percentual da população com formação acadêmica superior. Levantamento feito pelo especialista em análise de dados educacionais Ernesto Faria, a partir de relatório da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), coloca o Brasil no último lugar em um grupo de 36 países ao avaliar o percentual de graduados na população de 25 a 64 anos.

Os números se referem a 2008 e indicam que apenas 11% dos brasileiros nessa faixa etária têm diploma universitário. Entre os países da OCDE, a média (28%) é mais do que o dobro da brasileira. O Chile, por exemplo, tem 24%, e a Rússia, 54% da população com nível superior concluído.

O secretário de Ensino Superior do Ministério da Educação (MEC), Luiz Cláudio Costa, disse que já houve uma evolução dessa taxa desde 2008 e destacou que o número anual de formandos triplicou no país na ultima década.

"Como saímos de um patamar muito baixo, a nossa evolução, apesar de ser significativa, ainda está distante da meta que um país como o nosso precisa ter", avaliou. Para Costa, esse cenário é fruto de um gargalo que existe entre os ensinos médio e o superior.

A inclusão dos jovens na escola cresceu, mas não foi acompanhada pelo aumento de vagas nas universidades, especialmente as públicas.

Costa lembrou que o próximo Plano Nacional de Educação (PNE) estabelece como meta chegar a 33% da população de 18 a 24 anos matriculados no ensino superior até 2020. Segundo ele, esse patamar está, atualmente, próximo de 17%. Para isso será preciso ampliar os programas de acesso ao ensino superior, como o ProUni.

FONTE: Diário do Nordeste

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