Ceará zera as cidades com baixo desenvolvimento
Do ano 2000 para cá, 55 municípios cearenses deixaram essa condição, segundo índice calculado pela Firjan.
As cidades cearenses, em sua maioria, têm muito a evoluir para alcançar um patamar de desenvolvimento já conquistado por centro urbanos do Sul e Sudeste do Brasil, notadamente os que despontam como os mais bem estruturados do País.
Pontos básicos como acesso a água, esgotamento sanitário e infraestrutura viária ainda são problemas essenciais, considerados do século passado, mas que insistem em assolar boa parte da população de muitas localidades, especialmente, as instaladas no Interior. Porém, sobretudo na última década, ocorreram no Ceará evoluções consideráveis na qualidade de vida dos munícipes de muitos locais.
Em 2000, 30% das cidades do Estado estavam situadas com a pior classificação em termos de evolução. Dez anos depois, mais precisamente, essas 55 cidades já têm o que comemorar o fato de terem saído do mais Baixo nível de avanço para o patamar Regular, segundo o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM).
Trocando em miúdos, conforme esse indicador, o Ceará zerou o número de municípios considerados de Baixo desenvolvimento, e, pela primeira vez na história desse levantamento, uma de suas 184 cidades atingiu o mais elevado nível nessa área: Eusébio, que ficou, inclusive, no seleto grupo das 235 em todo o território brasileiro que foram consideradas de Alto nível de desenvolvimento.
Pilares
As mudanças que fizeram a diferença na evolução dessas concentrações urbanas cearenses se baseiam em três pilares essenciais: emprego e renda, educação e saúde. Vertentes similares utilizadas no cálculo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), e que, também, serve de tripé de apoio para a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) elaborar o IFDM, um indicador importante para a compreensão do comportamento de cada um dos 5.564 municípios brasileiros.
De acordo com o gerente de Estudos Econômicos da Firjan, Guilherme Mercês, essas três características têm peso igual na formulação do IFDM, que é descoberto a partir da média aritmética simples dessa tríade. "São áreas básicas em termos de desenvolvimento, conforme a ONU. Certamente, são aspectos constitucionalmente de competência municipal. E esse é o foco do IFDM", relata Guilherme.
Indicador social
A Firjan está divulgando o quarto levantamento do tipo. O primeiro foi realizado em 2000, e o mais recente, com base em 2009. Portanto, dez anos depois, servindo de base para uma comparação mais aprofundada. A base de comparação utilizada continua sendo a mesma. São imputados parâmetros para classificar o status da evolução do centro urbano, de 0 a 1, outra semelhança com o IDH.
De acordo com o estudo, para a pior situação, denominada de Baixo índice de desenvolvimento, é atribuído o intervalo entre 0,0 e 0,4. Para o patamar Regular (de 0,4 a 0,6); Moderado (de 0,6 a 0,8) e, por fim, o melhor indicador, denominado Alto desenvolvimento (entre 0,8 e 1,0). O IFDM é produzido a partir de dados oficiais dos ministérios do Trabalho e Emprego, da Educação, e Saúde.
O foco do estudo é o mercado formal de trabalho; qualidade de educação do ensino fundamental e educação infantil; e a atenção básica. Continua nas páginas 2,3,7,8 e leia mais em Cidade
ILO SANTIAGO JR.
REPÓRTER